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Posts Tagged ‘evangelho’

Aproveitando para mais uma republicação. Sobre José Luis de Jesus Miranda, fundador da seita Creciendo en Gracia, o homem que alega ser Deus Homem.

Escrevi este texto em setembro de 2005, ele circulou em vários pontos da Internet, inclusive em blogs da própria seita Creciendo en Gracia. No final do texto faço umas observações e atualizações:

O porto-riquenho José Luis de Jesus Miranda parece um simples evangelista, mais um como tantos ao redor do mundo. É essa a impressão pra algum desavisado que acesse o site da igreja do Apóstolo José Luis, o ministério Creciendo En Gracia sem se deter muito ao que está escrito. Parece só mais um pastor, só mais uma igreja.

Mas só parece. Acontece que José Luis de Jesus Miranda alega ser Deus. Não, não é metáfora não, é isso mesmo, ele diz ser o Todo-poderoso em forma humana, que veio salvar os seus predestinados deste mundo. Seitas não são coisa incomum na história, mas geralmente seus fundadores se consideram “enviados de Deus”, não é esse o caso, José Luis diz que é Deus mesmo.

Vai além até do que o folclórico Inri Cristo. Inri diz ser a reencarnação de Jesus, mas segundo Inri, Jesus (e conseqüentemente ele mesmo) não é e nunca foi Deus, Inri não acredita na Trindade. Já o apóstolo afirma: é Deus-Pai, Iahweh, o Senhor dos Exércitos do Antigo Testamento. E que é Jesus também, José Luis também não crê na Trindade, diz que Deus é um só, então ele é o Pai, o Filho e o Espírito Santo… em carne e osso.  (*)

Piada? Loucura? Brincadeira de mau gosto? Bom, pra seus seguidores que já se espalharam por 24 países (inclusive o Brasil), tudo isto é muito sério. É só visitar as comunidades do ministério que existem no Orkut.

Uma membra conta numa das comunidades da emoção de quando viu “Deus” face a face “NOSSA SEM PALAVRAS PRA AKELA NOITE!!!!FOI INESQUECIVEL !!!!!GENTE DEUS BEIJA NA BOCA …EU VI, NOSSA EMOCIONANTE!!!!”. (Nota: devo dizer que também não entendi essa de “Deus” beijar na boca, e não sei porque prefiro continuar não entendendo). Outro comenta: “Foi a realização de um sonho, poder cantar para Deus mesmo, uma idéia que tinhamos que no céu os anjos cantavam e tocavam diante de Deus e de-repente estava eu alí cantando nos céus diante de Deus…. Estar diante de Deus é do caralho o bagulho é foda.”

Além de crer que seu líder espiritual é o próprio Deus encarnado, a seita prega entre outras coisas, que o pecado não existe mais, que todos os apóstolos de Cristo, com exceção de Paulo, são pregadores do falso “Evangelho da Circuncisão”, acusando especialmente a Pedro. Têm como verdade os escritos do Apóstolo Paulo, o resto segundo eles é “coisa pra judeu”. Estas “coisas pra judeu” incluem a maior parte do Novo Testamento.

Os fiéis acreditam também que todas as religiões (especialmente as cristãs) formam um “sistema religioso mentiroso e hipócrita”. Afinal, todas as religiões cristãs pregam que existe o pecado (e segundo eles, não existe pecado), e são adeptas do tal do “evangelho da circuncisão” . O único motivo deles não dizerem que todas as outras religiões são do diabo é porque, pra eles, Satanás não existe mais. O Diabo teria morrido quando Jesus morreu na cruz.

Outra coisa que chama atenção nos seguidores é que são de fato muito fanáticos, entram em fóruns evangélicos e católicos para pregar a doutrina, e odeiam ver a doutrina ser difamada ou discutida por outros. Nas comunidades do ministério no Orkut chegam a expulsar quem pergunta demais e apagar as perguntas que não agradam.

Eu sei que é feio desrespeitar a fé dos outros, mas confesso que é extremamente difícil levar tamanha quantidade de baboseira a sério. Quando esteve em São Paulo, “Deus” declarou que não conhecia a cidade, não falou uma palavra em português, e contava com a escolta de seguranças, um tanto estranho pra quem é onisciente e onipotente.

Pra quem quer saber mais: http://www.cacp.org.br/cresciendo.htm

Rogério – Setembro de 2005.

Observações:
(*) Na verdade a Creciendo en Gracia crê na Trindade, mas  de um modo modalista, ou seja, que  o Pai, o Filho, e o Espírito Santo atuam mas um de cada vez, não de forma contínua.

A partir de 2006, José Luis, auto-intitulado como Jesus Homem, resolveu declarar guerra de vez ao que ele chama de “Jesus de Nazaré”, ou a maneira como as pessoas crêem em Jesus normalmente, e passou a assumir o símbolo 666 ou SSS, sendo que muitos membros da seita passaram a fazer tatuagens assim. Segundo  ele, ele é o anti-cristo no sentido de ser contra o “Jesus de Nazaré”.

“Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal.” (Apóstolo Paulo, em I Timóteo 1:15)

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A história a seguir ouvi de uma outra pessoa que por sua vez ouviu de outra pessoa. Como não posso garantir com certeza o quanto da história é real e como se diz que “todo mundo aumenta o ponto”, já adimito de saída: dei uma “aumentadinha”. Mas cabe a cada um julgar por si o quanto a história parece real, e qual seria a própria reação.

Aconteceu numa dessas cidades medianas do interior de São Paulo. A igreja no culto de domingo a noite foi avisada, na próxima semana uns alunos da faculdade teológica iam aparecer por lá para fazer um teste de conhecimentos bíblicos com os membros. Nada muito sério, diziam, seria mais como uma brincadeira instrutiva.

Mesmo assim os membros da igreja resolveram levar a sério. Durante aquela semana se aplicaram na leitura da Bíblia Sagrada, decoravam conceitos, versículos, chegavam a comparar as versões consultando várias bíblias de estudo. Não queriam fazer feio frente aos “aprendizes de teólogos”.

Acontece que o teste que os alunos preparavam não era bem aquilo que os membros imaginavam. Não era um quiz, era algo mais prático.

Já no domingo, na hora do culto um dos alunos se vestiu de mendigo, todo sujo e com uma garrafa cheia da mais pura água ele ficou na entrada da igreja, meio que recepcionando as pessoas que entravam falando bobagens como se estivesse bastante embriagado.

Outra aluna carregou na maquiagem, vestiu uma roupa que chamava atenção, sem esquecer da bolsa para melhor caracterização, não era muito mas foi suficiente para se passar por mulher de vida fácil. Infiltrou-se na igreja atraindo olhares suspeitos.

Uma outra aluna baixinha e aparentando pouca idade se vestiu com roupas simples, se passou fácil como uma menina de rua. Entrou na igreja e ia de um lado pro outro pedindo algum dinheiro, “tio, me dá um real?!”

O culto começou e seguiu a ponto de até se esquecer dos tais alunos e do teste bíblico. Mas o teste estava sim em curso. O falso mendigo tentou entrar na igreja, foi conduzido de forma pouco gentil até o meio da rua “olha aqui é a casa de Deus, um lugar sério, aqui não é lugar para bêbados como você”. Alguém disse isso enquanto empurrava o sujeito pra bem longe, não esquecendo de dizer que era melhor ele não voltar para incomodar.

A falsa prostituta não foi expulsa, mas tambémninguém trocou qualquer palavra com ela. Os homens passavam longe, os casados para não arrumar confusão com as esposas, os solteiros pra não “queimar o filme”. As mulheres por sua vez mantiveram distância, alternavam indiferença a olhares de reprovação.

Já a falsa “menor abandonada” não podia passar despercebida. Falava alto, ia pra um lado pra outro pedindo dinheiro. As pessoas davam sinais que ela incomodava, alguns ainda tiravam umas moedas esperando que ela sentasse e se calasse, o que não acontecia.

Mas foi na hora da oferta que a coisa quase ficou feia. O alforje passava de mão em mão até chegou a falsa menor, no auge da representação acabou apelando, meteu a mão dentro da sacola, retirou a única nota de dez reais que tinha lá dentro e pôs no bolso.

“Hei, devolve, isso não é seu!”, alguém gritou.
“Devolvo nada, dinheiro de Deus é pra muita coisa inclusive cuidar dos pobres. Tô aqui a uma hora, vocês são muito muquiranas não me deram quase nada, tô morrendo de fome também…”

A confusão que se seguiu foi tão grande que os presentes que sabiam do teste resolveram intervir e explicar do que se tratava.

Resolvida a confusão uns se sentiram enganados e ficaram irritados, diziam que aquilo era uma brincadeira de mau gosto, que não era correto. Mas muitos entenderam o teste e tiraram uma lição daquela história toda.

Mesmo depois de uma semana estudando a Bíblia com afinco a igreja foi um fracasso no teste da vida real. Não que o estudo da Bíblia seja algo secundário, mas de nada adianta ter todo o conhecimento se na prática o mesmo não for aplicado.

Os crentes oram para que Deus envie pessoas para as igrejas, mas imaginam que Deus traria pessoas de boa reputação, bonitas, perfumadas e sem problemas, não imaginam que provavelmente interesse a Deus traga pessoas que são justamente o contrário.

E aí? Essa história parece real pra você? Qual seria sua reação? Só sei que eu pessoalmente já vi situações parecidas por aí, e que o tal teste realmente aconteceu com esse desfecho. Eu aumento mas não invento… não muito pelo menos. hehehe…

“Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos.” (Mateus 9:12)

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Tenho acompanhado nos últimos anos várias formas de utilizar a tecnologia pra Cristo, especialmente pela Internet. Inicialmente vou comentar sobre os blogs.

É uma ferramenta interessante que muita gente tem utilizado, mas creio que o potencial é bem maior.

Qualquer pessoa pode criar um blog sem muita dificuldade, é preciso um pouco de boa vontade e persistência já que como geralmente é uma atividade extra e quase sempre nos falta o tempo, é muito fácil procrastinar as postagens e deixar o blog desatualizado por meses. (Eu que o diga).

Para fazer um blog cristão vc não precisa necessariamente fazer um blog com textos muito complicados, sermões, pregações, etc. A não ser claro vc tenha esse dom. Vc pode falar sobre qualquer assunto que te desperte interesse, que vc saiba desenvolver, ou simplesmente trocar idéias.

Daí vem a pergunta, como fazer e manter um blog pra Cristo se os temas a princípio sejam assuntos diversos como moda, comportamento, música, etc. Não é tão difícil assim, se Jesus está no seu dia-a-dia de uma forma ou de outra Ele estará em tudo o que sair das sua mente. Sempre haverá uma possibilidade nos posts de falar de Jesus.

Vc num blog também pode optar por não tratar de um assunto específico, pode falar sobre sua vida pessoal, suas experiências, compartilhar textos, músicas e vídeos que gostou, afinal a Internet tem uma série de recursos que vc pode e deve utilizar.

Uma opinião minha (e talvez só minha mesmo): um bom blog não precisa ser um “campeão de audiência”. Não escreva como quem está falando pra milhões de pessoas, escreva como se estivesse conversando com um amigo. Que sejam poucas pessoas que vejam seu blog, pelo menos pra elas a experiência terá valido a pena.

Talvez não seja a pessoa mais indicada pra fazer isso, mas vai aqui algumas dicas:

* não se force a escrever sobre o que não sabe. Se não sair besteira provavelmente vai soar falso.
* evite o “crentês” excessivo. Creia varão (ou varoa), pra que não conhece o “idioma” soa estranho.
* compartilhar textos que gostou de outras pessoas pode ser legal mas nunca esqueça de dar créditos às pessoas. Se possível pergunte antes se ela autoriza a publicação do texto. Mas não fique só de copiar dos outros, sempre que possível busque vc mesmo produzir alguma coisa.
* cuidado com o português.
* não exagere nos recursos, não deixe que os efeitos chamem mais atenção que a mensagem escrita.
* faça com carinho. Faça do seu blog uma expressão de louvor a Deus.

“Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!”- Salmos 19:14

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por C. S. Lewis
Do livro Cristianismo Puro e Simples

“Deus deu à espécie humana aquilo que eu chamo bons sonhos: quero dizer, histórias piegas espalhadas pelas religiões pagãs acerca de um deus que morre e regressa à vida e, pela sua  morte, de algum modo, dá vida nova ao homem. Ele também escolheu um povo particular e gastou vários séculos a martelar nas suas cabeças o tipo de Deus que Ele era – que Ele era Um e que Ele se preocupava com a boa conduta. Essa gente eram os Judeus e o Velho Testamento dá-nos conta do processo da martelada.

É aí que entra o verdadeiro choque. Entre estes Judeus, de repente há um homem que começa a falar como se Ele fosse Deus. Ele diz que perdoa os pecados. Ele diz que Ele existiu sempre. Ele diz que vem para julgar o mundo no fim dos tempos. Aqui tenhamos isto claro. Entre os Panteístas, como os Indianos, qualquer um pode dizer que é uma parte de Deus, ou um com Deus: isto não será nada estranho. Mas este homem, que era Judeu, não podia querer dizer que era esse tipo de Deus. Deus na língua daquela gente, significava o Ser fora do mundo que tinha feito o mundo e que era infinitamente diferente de qualquer outra coisa. E quando se percebe isto, pode-se ver como o que aquele homem dizia era, simplesmente, a coisa mais chocante alguma vez sussurrada por lábios humanos.

Uma parte da pretensão tende a passar ao nosso lado despercebida porque a ouvimos tantas vezes que já não sabemos de que se trata. Estou a falar da pretensão de perdoar os pecados: quaisquer pecados. A não ser que quem diz isto seja Deus, isto é tão prepóstero como cómico. Todos podemos compreender como um homem perdoa as ofensas contra si próprio. Pisas-me o dedo do pé e eu desculpo-te, roubas-me o dinheiro e eu desculpo-te.

Mas o que pensar de um homem, que não foi roubado ou pisado, que anunciou que te perdoou por ter pisado os dedos do pé de outro homem e roubado o dinheiro de outro homem? Fatuidade asinina é a descrição mais moderada que daríamos a esta conduta. Contudo, isto é o que Jesus fez. Ele disse às pessoas que os seus pecados estavam perdoados sem nunca ter esperado para consultar todas as outras pessoas a quem aqueles pecados tinham sem dúvida prejudicado. Ele comportava-se deliberadamente como se Ele fosse a principal parte interessada, a pessoa mais gravemente ofendida com todas as ofensas. Isto só faz sentido se Ele for realmente o Deus cujas leis são quebradas e cujo amor é ferido com cada pecado. Na boca de quem quer que não seja Deus estas palavras implicariam o que eu só consigo classificar como tontice e presunção nunca antes rivalizadas por qualquer personagem na história.

Porém (e isto é a coisa estranha e significativa) mesmo os Seus inimigos quando liam as Escrituras, não ficavam usualmente com a impressão de tontice e presunção. Ainda menos ficarão os leitores sem preconceito. Cristo diz que Ele é humilde e doce e nós acreditamo-lO, não reparando, que se Ele fosse meramente um homem, humildade e doçura são das últimas características que poderíamos atribuir a algumas das Suas palavras.

Estou a tentar aqui evitar que alguém diga a coisa realmente idiota que as pessoas dizem muitas vezes d’Ele: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre de moral, mas não aceito a Sua pretensão de ser Deus.’ Esta é a coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse meramente homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre de moral. Seria ou um lunático – ao nível de um homem que diz que é um ovo escalfado – ou então seria o Diabo do Inferno.

Temos que fazer a nossa escolha. Ou este homem era, e é, o Filho de Deus ou então é um louco ou qualquer coisa pior. Pode-se ignorá-lo como um louco, pode-se cuspir-Lhe e matá-Lo como um demónio; ou pode-se cair a Seus pés e chamar-Lhe Deus e Senhor. Mas deixemo-nos de vir com disparates condescendentes acerca d’Ele ser um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa saída. Ele não fez tenções disso”.

“Fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (Efésios 1:9,10)

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Trecho do livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu” de Norman Geisler e Frank Turek

“Um jovem é levado diante de um juiz por dirigir embriagado. Quando seu nome é anunciado pelo meirinho, percebe-se um suspiro no tribunal – o réu é o filho do juiz! O juiz espera que seu filho seja inocente, mas a evidência é irrefutável. Ele é culpado.

O que o juiz pode fazer? Ele é pego num dilema entre a justiça e o amor. Uma vez que seu filho é culpado, merece punição. Mas o juiz não deseja punir seu filho por causa do grande amor que tem por ele.

Relutantemente anuncia:

– Filho, você pode escolher entre pagar uma multa de R$5.000,00 ou ir para a cadeia – o filho olha para o juiz e diz:

– Mas, pai, eu prometi que vou ser bom de agora em diante! Serei voluntário no programa de distribuição de sopa aos necessitados. Vou visitar uma pessoa de idade. Vou abrir uma casa para cuidar de crianças que sofreram abuso. Nunca mais vou fazer outra coisa errada de novo! Por favor, deixe-me ir! – implora o filho. Neste momento, o juiz pergunta:

– Você ainda está bêbado? Você não consegue fazer tudo isso. Mas mesmo que pudesse, os seus atos bondosos futuros não podem mudar o fato que você já é culpado por ter dirigido embriagado.

De fato, o juiz percebe que boas obras não podem cancelar más obras! A justiça perfeita exige que seu filho seja punido por aquilo que fez. Sendo assim, o juiz repete:

– Sinto muito, meu filho. Assim como eu gostaria de permitir que você fosse embora, estou atado pela lei. A punição para esse crime é pagar R$5.000,00 ou ir para a cadeia!

– Mas pai, você sabe que eu não tenho R$5.000,00. Deve existir outra maneira de evitar a cadeia!

O juiz levanta e tira sua toga Desce do seu lugar elevado e chega ao mesmo nível em que está seu filho. Olhando bem direto em seus olhos, põe a mão no bolso, tira R$5.000,00 e estende ao filho. O filho está surpreso, mas ele entende que existe apenas uma coisa que pode fazer para ser livre: aceitar o dinheiro. Não há nada mais que possa fazer. Boas obras ou promessas de boas obras não podem libertá-lo. Somente a aceitação do presente gratuito de seu pai pode salvá-lo da punição certa.

Deus está numa situação similar à daquele juiz – ele está preso num dilema entre sua justiça e seu amor. Uma vez que todos nós pecamos em algum momento de nossa vida, a infinita justiça de Deus exige que ele puna aquele pecado. Mas por causa do seu amor infinito, Deus deseja encontrar uma maneira para evitar nos punir.

Qual era a única maneira de Deus permanecer justo mas não nos punir por nossos pecados? Ele deve punir um subistituto sem pecado que voluntariamente aceita a punição que nos é devida (sem pecado significa que o substituto deve pagar por nossos pecados, e não pelos seus próprios; voluntári porque seria injusto punir um substituto contra sua vontade). Onde Deus pode encontrar um substituto sem pecado? Não na humanidade pecaminosa, mas apenas em si mesmo. Na realidade, o próprio Deus é o substituto. Assim como o juiz desceu de seu lugar para salvar seu filho, Deus desceu dos céus para salvar você e eu da punição. Todos nós merecemos a punição. Eu mereço. Você merece.

“Mas eu sou uma boa pessoa!”, você diz. Talvez você seja “bom” comparado a Hitler ou até mesmo ao seu vizinho. Mas o padrão de Deus não é Hitler nem o homem que mora na casa ao lado da sua. Seu padrão é a perfeição moral, porque sua natureza imutável é a perfeição moral.

De fato, o maior mito no qual se acredita hoje em dia quando se trata de reiligião é que “ser bom” vai fazer você chegar ao céu. De acordo com essa visão não importa aquilo que você crê, contanto que seja uma “boa pessoa” e que haja uma maior quantidade de boas obras do que de más. Mas isso é falso, porque um Deus perfeitamente justo deve punir as más obras independentemente de quantas boas obras alguém tenha realizado. Uma vez que pecamos contra um Ser eterno – e todos nós pecamos -, merecemos uma punição eterna, e nenhuma obra pode mudar esse fato.

Jesus veio para nos apresentar uma maneira de nos livrarmos dessa punição, oferecendo-nos vida eterna. O paraíso perdido no Gênesis torna-se o paraíso encontrado no Apocalipse. Desse modo, quando Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6), ele não estava fazendo uma afirmação arbitrária, mas uma declaração que refletia a realidade do Universo. Jesus é o único caminho porque não existe outra maneira pela qual Deus possa conciliar sua justiça infinita e seu amor infinito (Romanos 3:26). Se houvesse alguma outra maneira, então Deus permitiu que Cristo morresse por nada (Galátas 2:21).

Tal como o pai fez por seu filho embriagado, Deus satisfaz sua justiça ao punir a si mesmo por nossos pecados e estender esse pagamento a cada um de nós. Tudo o que precisamos fazer como objetivo de sermos libertos é aceitar o presente. Existe apenas um problemaÇ assim como o pai não pode forçar seu filho a aceitar o presente, Deus não pode nos forçar a aceitar seu presente. Deus nos ama tanto que ele até mesmo respeita nossa decisão de rejeitá-lo.”

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6)

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O texto a seguir já circula na Internet já há alguns anos, especialmente por e-mail:

“No estado em que me achava, meio acordado, meio dormindo, me vi dentro de uma sala. Não existia nada de interessante nela, exceto uma parede cheia de gavetas para cartões. Aqueles cartões que existem em bibliotecas públicas, de arquivo de livros, etc. Mas estes arquivos, além de irem do chão ao teto, pareciam não ter fim e tinham também títulos bem diferentes.

Quando me aproximei destes arquivos, o primeiro título a me chamar atenção foi “Garotas de quem eu gostei”. Abri-o e comecei a ver os cartões um por um, para logo fechar a gaveta, surpreso em reconhecer os nomes ali escritos.

De repente, sem ninguém precisar me dizer, descobri onde estava. Esta sala sem vida, era, na realidade, o catálogo da minha vida. Aqui estava tudo organizado por ações, todos os meus momentos, grandes e pequenos, em detalhes que minha mente não podia acompanhar. Um senso de curiosidade e espanto, misturado com horror surgia dentro de mim ao abrir cada gaveta para descobrir seu conteúdo. Algumas me traziam belas alegrias e contentamento, saudade e memórias. Outras me traziam uma vergonha tão grande que olhei por detrás de mim para ver se havia alguém me espiando.

O arquivo intitulado “Amigos” estava ao lado do arquivo “Amigos que traí”. Os títulos iam do mero mundano à extrema loucura: “Livros que li”, “Mentiras que contei”, “Conselhos que dei”, “Piadas das quais ri”. Alguns eram hilariantes devido à sua exatidão: “Coisas que gritei aos meus irmãos”. Em outros não havia a menor graça: “Coisas que fiz quando estava com raiva”, “Palavras que proferi contra meus pais por trás deles”. Eu não parava de me surpreender com cada conteúdo que se apresentava. Alguns arquivos tinham normalmente mais cartões do que eu esperava. E outras vezes, menos do que eu sonhava. Eu estava estupefato com o volume de coisas que fiz durante minha curta vida. Como eu pude ter tido o tempo necessário para escrever esses milhões e milhões de cartões, cada um em sua exatidão?!? Mas cada cartão confirmava uma verdade. Cada um deles eu havia escrito com meu próprio punho e constava a minha assinatura em todos.

Quando puxei o arquivo “Erros que cometi”, vi que o arquivo crescia para conter todo o seu conteúdo. Depois de puxar uns 4 ou 5 metros resolvi fechá-lo mais envergonhado do que nunca. Não somente pela qualidade depravada do seu conteúdo, pelas pessoas que magoei e também pelo vasto tempo perdido em minha vida que todo aquele arquivo representava.

Cheguei então num arquivo intitulado “Atitudes imorais”. Senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. Abri a gaveta somente um pouquinho, pois não estava a fim de testar o tamanho, e tirei um dos cartões. Fiquei todo arrepiado com o conteúdo. Senti-me muito mal em saber que estes momentos haviam sido gravados. Uma raiva animal tomou posse de mim. Um pensamento então me disse: “Ninguém deve saber da existência desses cartões! Ninguém deve entrar nesta sala! Tenho que destruir tudo!”. Em frenéticos e loucos movimentos puxei uma das gavetas, estendendo metros e metros de conteúdo infinito. O tamanho do arquivo não importava. Nem o tempo que eu levaria para destruí-lo.

Quando a gaveta saiu, joguei-a no chão, de cabeça para baixo, e descobri que todos os cartões estavam grudados! Fiquei desesperado e peguei um bolo de cartões para rasgá-los. Não consegui. Peguei um só então. Era duro como aço quando tentei rasgá-lo. Derrotado e cansado, retornei a gaveta de volta ao seu lugar e encostando minha cabeça contra a parede, deixei um triste suspiro sair de mim.

Foi então que eu vi: um arquivo novo, como se nunca tivesse sido usado. A argolinha para puxar brilhando de limpa debaixo do título “Pessoas com quem falei de Cristo.” Puxei o arquivo – 5 centímetros de comprimento. Eu podia conter os cartõezinhos em minha mão. Aí, então, as lágrimas vieram. Comecei a chorar. Soluços tão profundos que machucavam meu estômago e me faziam tremer todo. Caí de joelhos e chorei mais e mais. Chorei de vergonha, de pura vergonha. A infinita parede de arquivos, já embaçada pelas minhas lágrimas olhava de volta para mim, imóvel, insensível. Pensei: “Ninguém pode entrar aqui. Tenho que trancar esta sala e destruir ou esconder a chave.”

Quando tentava enchugar as lágrimas eu O vi. Não! Ele não! Não aqui! Todo mundo, menos Jesus! Olhei-O, sem poder fazer nada, enquanto ele aproximou-se das gavetas e começou a abrí-las, uma por uma, lendo os seus conteúdos. Eu não podia ver a qual era a Sua reação. Nos momentos em que tomava coragem suficiente para olhar em Seu rosto, eu via uma tristeza bem mais profunda do que a minha. E parece que Ele ia exatamente nos piores títulos. E Ele tinha que ler cartão por cartão? Finalmente, Ele virou-se e ficou me olhando, desde o outro lado da sala onde estava. Olhou-me com dó em Seus olhos. Não havia nenhuma raiva. Abaixei a cabeça e comecei a chorar, cobrindo minha face com as mãos. Ele andou até mim, abraçou-me, mas não me disse nada. Ah! Ele poderia ter dito tantas coisas! Mas não abriu a boca. Simplesmente chorou comigo.

Depois, levantou-se e dirigiu-se para a primeira fila de arquivos. Abriu a primeira gaveta, numa altura que eu não alcançava, tirou o primeiro cartão e assinou o Seu nome. E assim começou a fazer com todos os cartões. Quando percebi o que Ele estava fazendo gritei “Não!” bem alto, correndo em Sua direção. Tudo o que eu podia dizer era: “Não!” “Não!”. Seu nome não deveria estar nestes cartões. Mas ali estava, escrito num vermelho tão rico, tão escuro e tão vívido. O nome de Jesus cobriu o meu. Estava escrevendo com Seu próprio sangue. Ele olhou para mim um tanto triste e continuou a assinar. Nunca entenderei como Ele assinou todos os cartões tão depressa, pois quando me dei conta, Ele já estava ao meu lado. Colocou a mão no meu ombro e disse-me: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões, e dos teus pecados não me lembro”, “Está consumado.” Levantei-me e Ele levou-me para fora daquela sala. Não existia fechadura na porta, e ainda existem muitos cartões a serem escritos…
Se você se sente da mesma maneira, ainda há tempo de você mudar, e deixar Jesus usá-lo como instrumento para que o Seu amor possa tocar em outras vidas.
Meu arquivo “Pessoas com quem falei de Cristo” está um pouquinho maior agora.”

(Autor Desconhecido)

“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5)

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Deus

Que outra prova você quer de Deus?
Assinaturas com firmas registradas de Lucas, João, Marcos e Mateus?
Mais nada???
Não quer um xerox do testamento de Abraão?
Uma foto da despedaçada Arca de Noé?
As folhas secas das parreiras de Eva ou Adão?
Não quer o video-tape das Leis dadas a Moises?
(…)
Quer um “slide” colorido da Torre de Babel?
Quer o sermão da montanha gravado em fita?
Quer a luneta de quem viu abrir o céu?
Quer a mesa da Santa Ceia arrumada e bonita?
Quem sabe o galo que cantou duas vezes?
Ou quer a coroa que rasgou a fronte de Cristo?
(…)
Você quer prova, eu darei, não desisto!
Quer o original do reposter das Oliveiras?
Quer o filme da caminhada do Calvário?
Quer a corda que, talvez, Judas fez a besteira?
Já ví, você quer tirar Deus do seu dicionário!
Pois então, materialista de meia pataca,
Entre com seus sábios num laboratório, de uma vez
E com toda sua ciência imbecil e fraca,
Faça um homem como só Deus fez:
Com raciocínio, personalidade,
Com liberdade unida a responsabilidade,
Coloque fé e graça
E dê-lhe talentos para sair pelo mundo
Assim Deus morrerá na história que passa.
Mas se não conseguir nas tentativas,
Humilhe-se, reconhecendo o erro
E colocando sua genialidade em desterro.
Saiba que somos nada sem Ele,
Viemos e iremos para Ele.
(…)
Eu quero morrer pedindo Sua mão.
Vou caminhando,
Tropicando,
Errando,
Levantando,
Mas reconhecendo que Deus é bom,
E gritando a todo segundo:
Santificai esse mundo!
Shalom! Shalom! Shalom!

(Poema de Neimar de Barros)

“Ah! Senhor Deus! És tu que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido! Nada há que te seja demasiado difícil!” (Jeremias 32:17)

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Um bom texto que eu encontrei postado no Orkut. Colocando pra compartilhar com todo mundo e pra ficar mais fácil pra eu mesmo encontrar depois. Esses textos costumam se perder rápido no meio dos tópicos.

Robinson Cavalcanti em 29/07/2003
Certa vez, em um congresso de juventude, em um estudo sobre afetividade, um rapaz encaminhou a seguinte pergunta: “O que o senhor acha de se namorar uma moça do mundo?” A minha resposta foi: “Parabéns por sua normalidade. Estaria preocupada se você estivesse namorando uma ET.” Em nossas igrejas, artistas dão testemunho, dizendo que deixaram de cantar ou tocar “no mundo”. Talvez já tenham contratos para atuar em Marte ou Vênus, ou para fazer uma exibição para as potestades angélicas…

O MUNDO

Um problema de tradução de vários termos do grego para um só vocábulo em português tem concorrido para distorções teológicas de trágicas implicações.

Pode parecer contraditório que Jesus Cristo tenha dito que o Seu reino não era deste mundo (Jo 18:36), enquanto afirma que Deus amou o mundo ao ponto de por ele sacrificar o Seu filho. E, ainda, nos ensina em sua oração: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei as mundo” (Jo. 17:1. O apóstolo do amor, João, também parece contraditório: “Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( I Jo. 2:15). Estaria João pedindo que fossemos contrários a Deus, não amando o mundo que Ele amou?

Deus criou o mundo, o universo (kosmos) e ama a sua criação. No universo da criação Ele incluiu o nosso mundo particular, a terra (geo) e também a ama. A terra, a natureza e as criaturas (oikumene) caíram, mas Deus, mas Deus não os desprezou, Deus havia planejado um estado de coisas perfeito, diferente do atual (aion), com o qual devemos nos inconformar, esperando um mundo novo (aiones), quando, por fim, viveremos em um mundo pleno (aionios).

Assim, a questão não é espacial: a rejeição do planeta, da vida, da história, da sociedade, das pessoas, do Estado, do corpo, mas ontológico e moral: as formas de pensar, de agir, de organizar, que são contrários ao projeto de Deus.

Escrevi em meu livro Cristianismo e Política: “Quando amamos os homens estamos rejeitando “O mundo” (que não ama, mas odeia); quando lutamos pela justiça, pela paz e pela liberdade no mundo (valores do Reino) estamos rejeitando “o mundo” (que é injusto, conflituoso e escravizador); quando penetramos no mundo rejeitamos “o mundo” (que é egoísta e alienante). O que assumimos é mais do que vida e ministério em um tempo dado (chronos), mas no tempo marcado pela Providência, designado por Deus para nossa missão (kairós). O que João está rejeitando? “… a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida…”, ou seja, o pecado. A isso ele chama, metaforicamente, de “Mundo”. “A isso rejeitamos; aos homens amamos”.

MUNDANIDADE

Deus entregou às criaturas humanas um mandato cultural, de gerenciar o mundo, dando continuação à obra da criação, segundo o seu projeto original. Deus exerce a sua Providência sobre o mundo, nele estabelece Alianças, a ele se revela e nele encarna. Jesus Cristo foi completamente humano em tudo, menos no pecado, e um ser cultural, completamente integrado à vida social do seu tempo e lugar, assumindo a sua cultura. Por fim, Ele nos enviou ao mundo.

Foi o evangelista Charles Finney quem afirmou que a tarefa do cristão era transformar o mundo. E não se transforma o mundo sem nele participar. É uma heresia dos desobedientes, dos medrosos, dos preconceituosos e dos acomodados a atitudes de isolamento dentro das quatro paredes da igreja, o separatismo, a alienação de um falso “triângulo da felicidade”: “trabalho – lar – igreja”, sem o exercício responsável de cidadania, como “sal” e “luz”.

É a falsa “teologia” do “crente não se mete nisso” ou “isso não é lugar para crente”. Ou essa gente não leu os evangelhos, ou não aprendeu nada com a vida de Jesus. Assim, a desobediência leva à não-influência na vida pública: cidadania, cultura. Assim, nos ausentamos dos esportes, das ciências, da literatura, das artes, das manifestações folclóricas.

Assim, não vivemos, mas somos apenas pré-cadáveres.

No Brasil, uma ênfase particular contra tal “mundo” se refere à nossa cultura, por suas raízes íbero-católicas, ameríndias ou africanas. Por esse raciocínio, des-mundanizar-se seria des-brasileirar-se.

MUNDANOS

Eis o âmago da questão:

1. Somos todos seres humanos, e não anjos, seres sociais e não eremitas, terráqueos e não marcianos, e vivemos culturalmente: língua, roupa, culinária, arte, direito, religião, costumes, valores, estilos, etc. o mundo é um mundo pluricultural, e todos os cristãos vivem em uma cultura, como Jesus viveu na dele;

2. Todos as culturas, por serem produzidas por comunidades de pessoas, são ambíguas, têm aspectos positivos e negativos, refletem tanto a imagem de Deus quanto o pecado. As culturas (para a Antropologia) não são piores ou melhores, são diferentes. Cada uma tem virtudes e fraquezas. As culturas não podem ser nem sacralizadas (tidas como absolutas, imutáveis, e acima de tudo), nem demonizadas (rejeitadas em sua totalidade, como perversos);

3. A cultura judaica não era sagrada, nem normativa, nem pode servir, automaticamente, e em um salto histórico, como paradigma para hoje. Ela foi, em sua ambigüidade, um espaço para a revelação, e tem, por isso, muito que nos ensinar. Mas, seria um absurdo, o cristão desbrasileirar-se para judaizar-se;

4. A igreja primitiva também tem sido mitificada. Apesar de sua proximidade temporal com Jesus, também tinha os seus problemas. Não se pode reproduzi-la dois mil anos depois, o que seria negar a História e a atuação do Espírito Santo nesses vinte séculos;

5. A atitude sectária isolacionista de alguns cristãos contradiz a destinação dos seres humanos na ordem da criação (mandato cultural) e o “ide” para ser “sal” e “luz” no mundo, e não fora dele. Esses cristãos seguem o modelo dos essênios, e não o exemplo de Jesus;

6. É compreensível a valorização das culturas onde o cristianismo (e, particularmente, o cristianismo reformado) teve uma maior influência. Mas não devemos mitificá-las, esquecidos do seu lado pecaminoso, dos seus exageros e esquisitices, tantas vezes erroneamente identificados como Reino de Deus. Não estamos na Alemanha do século XVI, ou na Inglaterra do século XIX, nem devemos querer ser o sul dos Estados Unidos, a Irlanda do Norte, ou a África do Sul do século XX. Enveredar por esse caminho não torna ninguém mais cristão, apenas “americanalhado”…

Pela providência de Deus, somos brasileiros e temos a nossa nacionalidade. Pela graça de Deus, temos a nossa cultura e a nossa maneira de ser. Somente com o nosso amor à brasilidade poderemos questionar e propor mudanças, à luz da Palavra e não de preconceitos importados de outras culturas.

A mundanidade é um fato. O mundanismo (vs. Santidade) não é uma questão de exterioridade, mas o nosso interior (obra da carne vs. Fruto do Espírito). Testemunho não é dado em riste, hipocrisia, anacronismo ou estrangeirismo, mas vida de amor.

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

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