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Archive for the ‘Apologética cristã’ Category

Verdade absoluta

O mundo é tão maluco que parece que às vezes precisamos de um esforço incrível pra explicar o obvio.

Hoje em dia a maioria das pessoas parecem realmente acreditar que tudo é relativo e falar em verdade absoluta chega até a ofender.

Por exemplo, se um balão é vermelho isso é um fato, uma verdade absoluta. Não importa se você só enxerga em preto e branco, ele é vermelho. Não importa se você nem olha pro balão, ele continua sendo vermelho.  Não importa também que você argumente se o balão é azul ou verde, se você acredita ou não, o balão vai continuar sendo vermelho.

Verdade absoluta é algo tão simples que chega a complicar.

É exatamente este o exemplo no vídeo abaixo:

Observe como as pessoas ao redor da garota reagem, uma delas argumenta que a mãe ensinou que o balão é azul. O outro argumenta que estudou cores no colégio e por isso o balão é verde. Acontece que a verdade absoluta não depende da educação familiar ou formal que tivemos, ela é um fato. No caso o balão vai continuar sendo vermelho.

Nossas opiniões são variadas e nem sempre podemos saber se estamos certos ou errados, mas isso não quer dizer que a verdade é relativa (ou em outras palavras que tudo pode ser verdade).

Não existe essa história de que algo é verdade pra mim e não é verdade pra você, o que existe  são duas opiniões diferentes, e as duas podem ser verdade ou não.

“Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas.” (Zacarias 8:16)

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Os vídeos abaixo são a refutação feita por Craig do argumento usado por Richard Dawkins em seu livro “Deus, um delírio”.

Segundo Dawkins o argumento da  improbabilidade comumente usada pelos adeptos do Design Inteligente pode ser usado contra eles porque cria um novo problema “quem projetou o projetista?”

Seguem os vídeos.

Vi neste blog, que recomendo: http://neoateismodelirio.wordpress.com

“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos 8:38-39)

Leia também:

Coisas que não acredito (e o que acredito)

Aqulo que Jesus não é

A Verdade

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Tava faltando uma seção de “Cremos” por aqui. Então agora lá vai.

Texto da Sara 8:) postado no perfil dela no irmãos.com. Fala por mim…

E a turma do “respeite a fé alheia” eu digo: respeite a fé alheia (no caso a nossa), não leve a ferro e fogo, é um texto irônico que resume o que acreditamos (ou não).

“Não acredito em gnomos, fadas, sapos falantes e quaisquer outros seres místicos das florestas.

Não acredito em reencarnação (como é que alguém pode se desenvolver se não lembra da tal vida passada? O que é que eu ganho vindo ao mundo em forma de poodle?!).

Não acredito em santos intercessores (pedir pra gente morta pedir pra Deus por mim?! To fora! Eu to vivinha e tenho acesso a Ele através de Jesus).

Não conseguiria viver em um lugar onde fosse exigido o uso de burca para as mulheres e os homens fossem incitados a andarem com um cinto de bombas (sem contar o lance das 70 virgens no céu. E os 70 virgens? Não tem?!).

Não acredito em horóscopo (Plutão que o diga). Maria não morreu virgem. Gandhi era apenas um bom homem (e não um homem bom).

Não acredito em não acreditar em nada (“pluft!” e a Terra surgiu? Não levem a mal não, mas é preciso ter mais fé para crer nisso do que aceitar que um ser Supremo criou tudo).

Não acredito que a auto-flagelação leva alguém pro céu (Jesus já foi moído demais por nós). Não acredito que hábitos e “modus operandis” salvam alguém (aliás, estaria lascada se tivesse que fazer trocentos rituais).

Acredito em vida eterna, subdividida em danação total (o inferno [acho que lá deve ser cheio de moscas {sim, acho que moscas são seres infernais}]) e algo supimpamente supimpante (o Céu [lá definitivamente não deve ter moscas]).

Creio que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo (sim, tudo em um só. Como? Oras, se um computador pode ter várias funções e mesmo assim ser um, pq Deus não pode?).

Creio que Jesus é o Filho de Deus, que aceitou se achincalhado porque ele tem um amor tããão profundo, mas tããão profundo que eu não consigo entender. Acredito que só através do arrependimento, confissão e perdão de pecados chegaremos ao Céu.

Acredito também que cada um é livre para crer no que bem entender (se Deus não criou robôs, quem sou eu para querer que as pessoas sejam assim?). Acredito também que o fato de cada um achar que está certo, não significa que isso seja verdade.”

“Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus.” (Atos 15:11)

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A Cabana (William P. Young) *****

acabanaPublicado inicialmente nos Estados Unidos por uma editora pequena segundo dizem criada especialmente para publicar este livro. As editoras cristãs se recusaram a publicá-lo por considerá-lo um tanto herético. As editoras seculares se recusaram porque achavam que o livro falava demais de Jesus. O fato é que o livro se tornou um best-seller mundial.

O livro conta a história de Mackenzie Allen Philips, que tem sua filha raptada durante as férias da família. Numa cabana distante e abandonada são encontradas evidências de que a criança foi assassinada com crueldade. Quatro anos depois Mack recebe um bilhete estranho, supostamente de Deus, convidando para um fim-de-semana na mesma cabana.

Pra mim o livro foi um convite a humildade, apresentando Deus como nunca antes. Sei que posso confiar no amor de Deus, mas a verdade é que Ele é muito maior que a nossa mente possa alcançar, e talvez seja completamente diferente do que as nossas concepções religiosas.

Também não concordei com todas as ideias  no livro, mas devemos entender que é uma obra de ficção, o autor não teve a intenção de dizer que tudo o que afirma sobre Deus é verdade, apenas deixar muitas idéias no ar.

Fora que algumas cenas retratadas no livro são belíssimas, mal vejo a hora de ver uma bem provável versão cinematográfica. Recomendado.

Não tenho fé suficiente para ser ateu (Norman Geisler, Frank Turek) *****

naotenhofeUm dos melhores livros que já li.

Idéias com o objetivo de destruir a fé cristã sempre bombardeiam os alunos do ensino médio e das universidades. Este livro serve como um antídoto excepcionalmente bom para refutar tais premissas falsas.

Geisler e Turek fizeram um trabalho brilhante. Eles mostram como o cristianismo responde questões que o ateísmo e outras religiões não são capazes de responder usando raciocínio direto, lógico e conciso. De quebra eles ainda dão umas dicas de como refutar os críticos da fé. Um livro que vale muito a pena.


Maravilhosa Graça (Philip Yancey) *****

maragraca

Neste livro, o premiado escritor Philip Yancey examina detalhadamente a graça divina. Se a graça é o amor de Deus para os que não a merecem, ele pergunta, então que aparência ela tem em ação?

Yancey coloca a graça no meio de imagens cotidianas complexas, compara o seu caráter com a horrenda “falta de graça”. A graça pode sobreviver no meio de tais atrocidades como o holocausto nazista? Ela pode triunfar sobre a brutalidade da Ku Klux Klan?

Yancey tenta fugir de explicações muito aprofundadas na filosofia, até porque a graça não é tão fácil assim de se definir com palavras, ao invés disso mostra o que é a graça, e também o que ela não é. A graça superabunda onde abunda o pecado (Romanos 5:20), mas de maneira alguma a graça é motivação para insistirmos no erro, é justamente o contrário.

A graça é um conceito tão elevado que não existe nada similar em nenhuma religião, é ela que define o tipo de pessoas que somos, e o Deus a quem servimos. Ninguém pode acusar os cristãos de ter copiado isso de outra religião, a graça é tão excelente que só pode ter nascido da mente de Deus. Esse Deus que amamos e que somos por Ele tão amados, tão incondicionalmente.

“Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou  sobre muitos.” (Romanos 5:15)

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Aproveitando para mais uma republicação. Sobre José Luis de Jesus Miranda, fundador da seita Creciendo en Gracia, o homem que alega ser Deus Homem.

Escrevi este texto em setembro de 2005, ele circulou em vários pontos da Internet, inclusive em blogs da própria seita Creciendo en Gracia. No final do texto faço umas observações e atualizações:

O porto-riquenho José Luis de Jesus Miranda parece um simples evangelista, mais um como tantos ao redor do mundo. É essa a impressão pra algum desavisado que acesse o site da igreja do Apóstolo José Luis, o ministério Creciendo En Gracia sem se deter muito ao que está escrito. Parece só mais um pastor, só mais uma igreja.

Mas só parece. Acontece que José Luis de Jesus Miranda alega ser Deus. Não, não é metáfora não, é isso mesmo, ele diz ser o Todo-poderoso em forma humana, que veio salvar os seus predestinados deste mundo. Seitas não são coisa incomum na história, mas geralmente seus fundadores se consideram “enviados de Deus”, não é esse o caso, José Luis diz que é Deus mesmo.

Vai além até do que o folclórico Inri Cristo. Inri diz ser a reencarnação de Jesus, mas segundo Inri, Jesus (e conseqüentemente ele mesmo) não é e nunca foi Deus, Inri não acredita na Trindade. Já o apóstolo afirma: é Deus-Pai, Iahweh, o Senhor dos Exércitos do Antigo Testamento. E que é Jesus também, José Luis também não crê na Trindade, diz que Deus é um só, então ele é o Pai, o Filho e o Espírito Santo… em carne e osso.  (*)

Piada? Loucura? Brincadeira de mau gosto? Bom, pra seus seguidores que já se espalharam por 24 países (inclusive o Brasil), tudo isto é muito sério. É só visitar as comunidades do ministério que existem no Orkut.

Uma membra conta numa das comunidades da emoção de quando viu “Deus” face a face “NOSSA SEM PALAVRAS PRA AKELA NOITE!!!!FOI INESQUECIVEL !!!!!GENTE DEUS BEIJA NA BOCA …EU VI, NOSSA EMOCIONANTE!!!!”. (Nota: devo dizer que também não entendi essa de “Deus” beijar na boca, e não sei porque prefiro continuar não entendendo). Outro comenta: “Foi a realização de um sonho, poder cantar para Deus mesmo, uma idéia que tinhamos que no céu os anjos cantavam e tocavam diante de Deus e de-repente estava eu alí cantando nos céus diante de Deus…. Estar diante de Deus é do caralho o bagulho é foda.”

Além de crer que seu líder espiritual é o próprio Deus encarnado, a seita prega entre outras coisas, que o pecado não existe mais, que todos os apóstolos de Cristo, com exceção de Paulo, são pregadores do falso “Evangelho da Circuncisão”, acusando especialmente a Pedro. Têm como verdade os escritos do Apóstolo Paulo, o resto segundo eles é “coisa pra judeu”. Estas “coisas pra judeu” incluem a maior parte do Novo Testamento.

Os fiéis acreditam também que todas as religiões (especialmente as cristãs) formam um “sistema religioso mentiroso e hipócrita”. Afinal, todas as religiões cristãs pregam que existe o pecado (e segundo eles, não existe pecado), e são adeptas do tal do “evangelho da circuncisão” . O único motivo deles não dizerem que todas as outras religiões são do diabo é porque, pra eles, Satanás não existe mais. O Diabo teria morrido quando Jesus morreu na cruz.

Outra coisa que chama atenção nos seguidores é que são de fato muito fanáticos, entram em fóruns evangélicos e católicos para pregar a doutrina, e odeiam ver a doutrina ser difamada ou discutida por outros. Nas comunidades do ministério no Orkut chegam a expulsar quem pergunta demais e apagar as perguntas que não agradam.

Eu sei que é feio desrespeitar a fé dos outros, mas confesso que é extremamente difícil levar tamanha quantidade de baboseira a sério. Quando esteve em São Paulo, “Deus” declarou que não conhecia a cidade, não falou uma palavra em português, e contava com a escolta de seguranças, um tanto estranho pra quem é onisciente e onipotente.

Pra quem quer saber mais: http://www.cacp.org.br/cresciendo.htm

Rogério – Setembro de 2005.

Observações:
(*) Na verdade a Creciendo en Gracia crê na Trindade, mas  de um modo modalista, ou seja, que  o Pai, o Filho, e o Espírito Santo atuam mas um de cada vez, não de forma contínua.

A partir de 2006, José Luis, auto-intitulado como Jesus Homem, resolveu declarar guerra de vez ao que ele chama de “Jesus de Nazaré”, ou a maneira como as pessoas crêem em Jesus normalmente, e passou a assumir o símbolo 666 ou SSS, sendo que muitos membros da seita passaram a fazer tatuagens assim. Segundo  ele, ele é o anti-cristo no sentido de ser contra o “Jesus de Nazaré”.

“Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal.” (Apóstolo Paulo, em I Timóteo 1:15)

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Por muitas vezes tenho ouvido que Jesus Cristo era essênio. Os essênios eram uma seita judaica que viveu na época de Cristo, viviam isolados nas montanhas, não se envolviam na vida do povo comum. Provavelmente por isso nem são citados nos evangelhos.

Devido a algumas coincidências e ensinamentos em comum muita gente insiste em dizer que Jesus era um adepto desta facção. Para investigar isso fiz uma breve pesquisa que mostro abaixo. Por ela concluo que os ensinamentos, o modo de vida, e todo o ministério de Jesus era muito diferente do que ensinavam os essênios e portanto, muito provavelmente, Jesus não era essênio.

Porque Jesus não era essênio:

1. Os essênios eram monásticos, ascéticos e puritanos. Jesus comia carne, provavelmente bebia vinho (ou não era contrário que se bebesse), e se associava a prostitutas, publicanos e pecadores em geral.

2. Os essênios eram abertos apenas a homens adultos. Jesus aceitava em seu ministério também mulheres e crianças.

3. Os essênios rejeitavam todas as outras formas de judaísmo e não adoravam em templos ou sinagogas. Jesus ensinou seus discípulos que eles podiam ouvir os ensinamentos dos fariseus desde que não fossem hipócritas como eles, e freqüentemente ministrava e adorava no templo e nas sinagogas.

4. Os essênios eram tão aplicados na observância de costumes que se recusavam até a usar o banheiro aos sábados. Jesus Cristo se opunha a esse tipo de costume, chamando inclusive a atenção dos fariseus, curou no sábado, permitia que os discípulos colhessem grãos pra comer nos sábados.

5. Os essênios viviam reclusos enquanto Jesus andava por toda a parte e falava com todas as pessoas. Os essênios só eram aceitos após um árduo e longo processo de iniciação em que precisavam demonstrar piedade. Jesus aceitava qualquer pessoa que quisesse seguí-Lo e os chamava de discípulos.

6. Os essênios rejeitavam ser ungidos com óleo, Jesus permitiu que Maria Madalena o fizesse.

7. Os essênios baseavam a sua vida em viver pela moral, ética e a lei. Jesus enfatizava o viver pela fé.

8. Os essênios se organizavam numa hierarquia rígida. Jesus Cristo ensinou que o maior deve servir o menor, que os primeiros seriam últimos, que os últimos seriam primeiros.

9. Os essênios tinham um conceito muito elevado sobre si mesmos. Acreditavam que eram os únicos certos e que qualquer outro eram apóstatas e hereges. Jesus sempre primou pela mansidão e humildade a ponto de apesar de ser, não se considerou ser igual a Deus.

10. Tal qual os fariseus, os essênios desprezavam as pessoas comuns justamente por não considerá-las suficientemente piedosas e justas. E era justamente estas pessoas o alvo dos três anos de ministério de Cristo.

Concluindo:

Se Jesus fosse essênio  com certeza seria expulso da ordem logo no primeiro milagre quando, participando de uma festa com gente “impura”, transformou água em vinho.

Creio que os pontos de conflito entre Jesus e os essênios pesam muito mais que os que supostamente coincidem, porque os que coincidem podem ser coincidência ou no melhor dos casos influência, os que contrastam demonstram o que Jesus realmente ensinava e fazia, se eram incompatíveis então não dá pra dizer que são a mesma coisa.

Fontes:

http://healtheland.wordpress.com/2007/09/01/jesus-christ-was-not-an-essene/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Essênios

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. ” (João 17:15)

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por C. S. Lewis
Do livro Cristianismo Puro e Simples

“Deus deu à espécie humana aquilo que eu chamo bons sonhos: quero dizer, histórias piegas espalhadas pelas religiões pagãs acerca de um deus que morre e regressa à vida e, pela sua  morte, de algum modo, dá vida nova ao homem. Ele também escolheu um povo particular e gastou vários séculos a martelar nas suas cabeças o tipo de Deus que Ele era – que Ele era Um e que Ele se preocupava com a boa conduta. Essa gente eram os Judeus e o Velho Testamento dá-nos conta do processo da martelada.

É aí que entra o verdadeiro choque. Entre estes Judeus, de repente há um homem que começa a falar como se Ele fosse Deus. Ele diz que perdoa os pecados. Ele diz que Ele existiu sempre. Ele diz que vem para julgar o mundo no fim dos tempos. Aqui tenhamos isto claro. Entre os Panteístas, como os Indianos, qualquer um pode dizer que é uma parte de Deus, ou um com Deus: isto não será nada estranho. Mas este homem, que era Judeu, não podia querer dizer que era esse tipo de Deus. Deus na língua daquela gente, significava o Ser fora do mundo que tinha feito o mundo e que era infinitamente diferente de qualquer outra coisa. E quando se percebe isto, pode-se ver como o que aquele homem dizia era, simplesmente, a coisa mais chocante alguma vez sussurrada por lábios humanos.

Uma parte da pretensão tende a passar ao nosso lado despercebida porque a ouvimos tantas vezes que já não sabemos de que se trata. Estou a falar da pretensão de perdoar os pecados: quaisquer pecados. A não ser que quem diz isto seja Deus, isto é tão prepóstero como cómico. Todos podemos compreender como um homem perdoa as ofensas contra si próprio. Pisas-me o dedo do pé e eu desculpo-te, roubas-me o dinheiro e eu desculpo-te.

Mas o que pensar de um homem, que não foi roubado ou pisado, que anunciou que te perdoou por ter pisado os dedos do pé de outro homem e roubado o dinheiro de outro homem? Fatuidade asinina é a descrição mais moderada que daríamos a esta conduta. Contudo, isto é o que Jesus fez. Ele disse às pessoas que os seus pecados estavam perdoados sem nunca ter esperado para consultar todas as outras pessoas a quem aqueles pecados tinham sem dúvida prejudicado. Ele comportava-se deliberadamente como se Ele fosse a principal parte interessada, a pessoa mais gravemente ofendida com todas as ofensas. Isto só faz sentido se Ele for realmente o Deus cujas leis são quebradas e cujo amor é ferido com cada pecado. Na boca de quem quer que não seja Deus estas palavras implicariam o que eu só consigo classificar como tontice e presunção nunca antes rivalizadas por qualquer personagem na história.

Porém (e isto é a coisa estranha e significativa) mesmo os Seus inimigos quando liam as Escrituras, não ficavam usualmente com a impressão de tontice e presunção. Ainda menos ficarão os leitores sem preconceito. Cristo diz que Ele é humilde e doce e nós acreditamo-lO, não reparando, que se Ele fosse meramente um homem, humildade e doçura são das últimas características que poderíamos atribuir a algumas das Suas palavras.

Estou a tentar aqui evitar que alguém diga a coisa realmente idiota que as pessoas dizem muitas vezes d’Ele: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre de moral, mas não aceito a Sua pretensão de ser Deus.’ Esta é a coisa que não devemos dizer. Um homem que fosse meramente homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre de moral. Seria ou um lunático – ao nível de um homem que diz que é um ovo escalfado – ou então seria o Diabo do Inferno.

Temos que fazer a nossa escolha. Ou este homem era, e é, o Filho de Deus ou então é um louco ou qualquer coisa pior. Pode-se ignorá-lo como um louco, pode-se cuspir-Lhe e matá-Lo como um demónio; ou pode-se cair a Seus pés e chamar-Lhe Deus e Senhor. Mas deixemo-nos de vir com disparates condescendentes acerca d’Ele ser um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa saída. Ele não fez tenções disso”.

“Fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (Efésios 1:9,10)

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Tema recorrente em comunidade evangélica no Orkut: “Se Deus é justo porque ele não aceita as pessoas de todas as religiões? Por que só a religião de vocês é certa? Aqui a resposta que dei a um tópico destes no Orkut.

“Bom, eu creio que sigo o Deus verdadeiro.

O Deus verdadeiro é verdadeiramente Deus, por isso mesmo Ele é o que Ele é, e não o que eu quero, acho, gostaria…

Isso de “todo mundo está certo” é uma enorme mentira! Por exemplo, se os budistas estão certos os cristãos estão errados. Não é possível todos estarem certos. Essa é a verdade. Com a verdade não dá pra negociar, “refletir”, etc. A verdade é uma só. Não há margem pra especulação. A verdade não serve para agradar a todos – na verdade ela sempre desagrada alguém.

Deus não castiga as pessoas que não crêem, Deus deu o Seu próprio filho unigênito em sacrifício para salvar a todos. Para salvar-se é só preciso crer. A salvação é pela graça e de graça. Vai pro inferno quem não aceita o sacrifício que Deus fez por todos nós. Daí a própria pessoa paga pelos próprios pecados, cada um escolhe, pode-se reconhecer a pequenes, se entregar a Cristo e se salvar, ou pode viver pra si mesmo, rejeitar Jesus e pagar pelos próprios pecados. Sim, isso é muito justo, injusto seria as pessoas errarem e ficarem impunes.

As igrejas evangélicas são meras organizações necessárias neste mundo (podemos dizer que são necessárias numa espécie de “burocracia”), elas não podem salvar ninguém. Mas quando falamos da verdade, as igrejas evangélicas são as únicas que ensinam a verdade que liberta: que há um só Deus, que Jesus morreu pra nos salvar, que Ele nos deu sua Palavra para que possamos ter salvação. Há muitos ensinamentos de sabedoria nas religiões, mas a salvação de nossas almas se dá pelo crer que Cristo nos salvou, e não por ter ou não sabedoria.

Quanto a casos específicos do tipo “ah, mas quem nunca ouviu de Jesus?”, “e quem viveu numa tribo isolada?” ou “quem não teve chance?”, saiba que só Deus é verdadeiramente justo e vai julgar cada um com justiça.

O juízo pertence a Ele, e ninguém vai sofrer sem ter merecido. Mas saiba que todos nõs merecemos o inferno, todos pecamos, todos merecemos a morte, não fosse Cristo morrer para os que cressem, ninguém poderia ser salvo.

Deixe que aqueles que não conheceram a Deus ser julgado pelo próprio Deus, se eles não tiveram a chance, vc tem!

A Paz.”

Quem lê isso até pensa que eu sou fundamentalista, e sou mesmo… rs. Pior coisa é gente dizer que tem fé em tudo, “todos os caminhos levam a Deus”. Quem crê assim está frito! Melhor até não crer do que tentar recriar um Deus a sua própria imagem e semelhança, reconheçamos Deus é supremo, nós somos humildes criaturas, devemos ficar alegres todos os dias com a oportunidade que Ele nos deu de considerar filhos Dele. Pense que o ser que criou o Universo é o seu próprio Pai, te ama mesmo quando não merece, viveu, morreu e ressuscitou por você. Isso não te toca?! Se não, este post deve ter te chateado um bocado, mas eu continuo com a verdade.

“Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.”- Salmos 143:10

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Continuando… compartilhando minhas leituras.

O Fator Melquisedeque (Don Richardson) ****
Livro cristão. Nele o autor demonstra que na maior parte das culturas (talvez todas) há a crença da existência de um Deus único, que enviaria um messias, mesmo quando este Deus não é diretamente cultuado.

Isto é mostrado em 26 histórias de culturas de várias épocas ao redor do mundo.

O nome do livro se refere a Melquisedeque, sacerdote mencionado no Antigo Testamento que abençoa a Abraão. Acontece que se nem o judaísmo, nem o cristianismo existia nos tempos de Abraão, Melquisedeque era sacerdote de quê Deus? Isso comprovaria que a crença em um Deus único é mais antiga que o próprio judaísmo.

Segundo o autor toda cultura do mundo tem seu fator Melquisedeque (que aceita Deus) ou fator Gomorra (que não reconhece Deus), umas pendendo mais para um lado do que para outro.

O livro é interessante, acho fundamental principalmente para as pessoas que julgam ter um chamado missionário, e para os cristãos em geral. É importante para mostrar que as culturas pagãs não são más em si, fazer com que os cristãos sejam mais tolerantes ao que é diferente, entre outras coisas.

Cartas de um diabo a seu aprendiz (C.S. Lewis) ****


Obra que C.S. Lewis (autor de As Crônicas de Nárnia) dedicou a J.R.R. Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis).

Fitatuso, um experiente demônio envia cartas a seu sobrinho Vermebile, este último um jovem demônio com a missão de tentar um rapaz.

As cartas incluem instruções para que o jovem demônio tentador possa manter seu “paciente” o mais distante possível do “Inimigo” (no caso, Deus), convencendo o “paciente” agir na maior parte das vezes a agir de forma errada sem se dar conta disso ou mesmo pensando sempre estar certo.

O texto é ao mesmo tempo sarcástico e sombrio. Lewis confessou mais que não fez a continuação do livro porque para era perturbador para ele simular o que pensa um demônio.

Nesta edição da foto há um “extra”. Um discurso que Fitatuso faz para os demônios-formandos na Faculdade de Treinamento de Tentadores. Foi uma forma de Lewis dar uma continuação para o livro.

A arte de ter razão (Arthur Schopenhauer) ****


Obra póstuma do filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Neste tratado há 38 estratagemas que são recorrentes em debates. Alguns são classificados pelo próprio Schopenhauer como válidos, especialmente para se defender de quem os usa, outros o próprio autor considera desprezíveis.

Eu que vivo em discussões na Internet há alguns anos reconheci alguns que já foram usados contra mim, e muitos que eu próprio acabei aprendendo e usando intuitivamente. O livro é bom porque mostra como atacar as posições do adversário e como defender as suas. Também é válido o conselho de que nem toda discussão vale a pena, com alguns tipos de pessoas (na verdade com a maioria delas) é melhor simplesmente não discutir.

Filosofia não é meu assunto predileto, a leitura do livro foi meio chata em alguns momentos, mas especialmente a parte dos estratagemas achei bem interessante. Até pensei num post futuro mostrando como as pessoas usam, geralmente de forma intuitiva, em discussões na Internet.

“E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido.” (1 João 5:14,15)

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Resolvi compartilhar por aqui os livros que eu venho lendo de uns anos pra cá. Aqui vai alguns, mas continua.

Espero que gostem e me passem dicas de livros legais que vocês andam lendo também.

A volta ao mundo em 80 dias (Julio Verne) ****

Bom, considerado um clássico das histórias de aventura.

Fileas Fogg, milionário inglês excêntrico se mete em uma aposta em que o objetivo é dar a volta ao mundo em 80 dias, junto com seu companheiro Fura-vidas(na verdade o mordomo que vai na marra). Como na época não existia avião, Fileas se vira como pode, viaja de trem, carruagem, navio, e até de elefante.

O final é bacana, pode até surpreender.

Gostei do livro, muito bom.

Vinte mil léguas submarinas (Julio Verne) ***
No século XIX um navio é enviado para caçar uma estranha criatura que tem deixado o mundo inteiro perplexo. Após um embate e o naufrágio do navio, três membros da tripulação acabam conhecendo a “criatura” intimamente, o Náutilo, submarino do misterioso Capitão Nemo.

Professor Aronnax, seu mordomo Conselho e o caçador de baleias Ned Land passam então a viver como prisioneiros de luxo do capitão e têm a oportunidade de viver aventuras submarinas que jamais poderiam imaginar.

Este é o maior clássico de Julio Verne, a história é ótima, mas… não gostei tanto. Pra mim faltou um pouco mais de ação, e como só há marmanjos no submarino, romance nem pensar. Recomendo, mas com essas ressalvas.

Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) *****
O que impressiona neste livro é que ele foi escrito em 1931, mas permanece surpreendentemente atual mesmo depois de tantas décadas.

No futuro, em nome do total equilíbrio social, a humanidade resolve abolir a família, a liberdade, a individualidade, o medo da morte e até mesmo Deus e o amor.

Todas as pessoas nascem de provetas, sem pais nem mães(que aliás viraram termos pejorativos), surgem verdadeiras linhas de montagem onde pessoas são criadas e condicionadas desde a fecundação a pertencerem a castas.

Muitos nascem para trabalhar duro a vida inteira, poucos nascem para ser líderes. As pessoas são condicionadas desde bebês a serem submissos às castas as quais pertencem, crianças são estimuladas sexualmente desde muito cedo, o sexo livre e o uso de drogas não só são liberados como vistos como o bom costume a ser seguido. Não há quem seja de verdade feliz, mas “quase” ninguém é triste.

E é de exemplos de “quase” que o livro trata. Desde Bernard Marx um alfa (a mais alta casta do mundo) que sofre preconceito e não consegue se enquadrar e termina com o amor impossível de John (um “selvagem”, com costumes completamente diferentes) por Lenina, uma bela enfermeira que nem imagina o que sente John, mas só fazer sexo com todos os homens que ela puder (como aliás, toda boa moça da sua época faz).

O livro é excelente. O “Admirável Mundo Novo” é perturbador, ainda mais quando percebemos que desde a época em que foi escrito até os dias de hoje realmente caminhamos para que este futuro se torne real.

No último Usina 21 (um evento evangélico onde é debatido assuntos referentes a sociedade) um rapaz na oficina que participei definiu este livro como “profético”. Fui obrigado a concordar com ele. Estamos abolindo a família e Deus de nossa sociedade, colocando a ciência acima de tudo e a maioria tem achado isso simplesmente ótimo. Perdemos a liberdade, a individualidade e estamos nos sentindo cada vez menos amados. E tudo isso já tinha sido previsto por Huxley.

Comprei este livro numa promoção junto com 1984 de George Orwell, outro incrível livro sobre o futuro que também é surpreendente. Os dois livros guardam semelhanças e diferenças, mas falo disso em outra oportunidade.

Recomendadíssimo!

Cristianismo Puro e Simples (C. S. Lewis) *****
Durante a Segunda Guerra Mundial a BBC convidou C. S. Lewis para uma série de programas em que o assunto era o cristianismo. Anos depois, os textos escritos foram compilados e se transformaram neste livro.

Nele Lewis explica de forma surpreendentemente clara o que é de fato, o cristianismo. É interessante ver que Lewis evita se meter em polêmicas dentro das denominações cristãs, se mantém no máximo possível dentro das crenças comuns e mostra que apesar de muitas diferenças, afinal, os cristãos têm mais em comum do que imaginam.

Também é interessante como Lewis lida com assuntos polêmicos como a abstinência sexual dos cristãos, a questão do divórcio, a Trindade e o problema do inferno e do mal.

O livro é altamente recomendável para todos saberem quem foi realmente Jesus, o que Ele realmente veio fazer aqui na Terra, e como, porque e do quê Ele veio nos salvar. Enfim, explicar o que é cristianismo, pra quem não é cristão… e, claro, também para quem é, afinal de contas o que mais tem por aí é cristão que nem sabe direito no que crê.

“Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Coríntios 1:18)

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